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Existem Jogadores(as) Fora do hobie

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COUP: O Bait do Bait

O bait do bait  http://www.starcitygames.com/article/29169_Mr-Zarek-Goes-To-Gen-Con.html Uma rápida busca pela internet trará inúmeras versões não autorizadas de  Coup . Algumas muito criativas, outras ainda mais interessantes. A despeito de toda conversa sobre direitos autorais, acredito que o que atrai a muitos para estas versões alternativas é a variedade dos temas das ilustrações destas cartas.  Para além da curiosidade de saber que esse tipo de coisa existe, não conheço ninguém que jogue com estas versões do jogo. E aqueles que se aventuram acabam se deparando com as especificidades e dificuldades de se materializar um jogo, para muitas vezes ter um resultado final aquém do esperado (o que muitas vezes termina em frustração).  O que poucos consideram é que seria (e de fato o é) muito mais fácil jogar com um baralho tradicional. Tive essa experiência, quando na casa de um amigo em uma noite fria de inverno, após algumas rodadas de pôker o pessoal fez uma pausa p

Autores ou designers?

http://skullbadoo.com.br/blog/a-desvalorizacao-da-profissao/ Uma das exposições mais interessantes que aconteceu no 7º ENAST  (Encontro Nacional de Astronomia ) foi a palestra que debatia a importância de se diferenciar o astrônomo profissional e o astrônomo amador. Hoje,quase 15 anos depois essa diferenciação já é bastante clara, mas naquela época ainda era algo muito difuso aqui no Brasil.  Pensando agora no fato de que a grande maioria de nós tem alguma inclinação em dar existência a um jogo analógico de nossa prória autoria me pego a perguntar se já não é hora de diferenciar o designer profissional e o designer amador. Outro dia alguém me perguntou se eu era designer de jogos, dado que estávamos conversando sobre alguns jogos de minha autoria (tanto analógico quanto digital). Em resposta disse que eu havia de fato feito o design desses jogos mas que não possuia formação como designer e portanto era apenas um autor. Vendo que ainda hoje a profisão de designer não é reg

O fim dos jogos analógicos (parte II)

A forma como nós temos utilizado a tecnologia tem provocados alguns “desajustes” sociais bem sérios. Lido diariamente com pessoas que ostentam uma lista de amizades que é contada aos 3 dígitos ao mesmo tempo em que possui uma extensa dificuldade de comunicar-se “com o outro” frente a frente. Problemas como ansiedade e déficit de atenção também são muito comuns em jovens que não possuem dificuldade em se desgrudar do smartphone. Vê uma criança de dois ou três anos usar um tablet com tamanha naturalidade pode ser fascinante para alguns adultos. Quem trabalha com educação já deve saber o maleficio que esse contato precoce com esse tipo de tecnologia provoca. Mas de quem é a culpa (supondo que exista alguma)? Do tablet, ou de quem incentiva o seu uso? Andando por aí, encontrando pessoas que sabem do meu trabalho e que ignoram o fato de que (ainda) tenho o direito a 30 dias de férias por ano, me perguntam: quando que começam as aulas?  Educadamente respondo que estou de férias de

O fim dos jogos analógicos (parte 1)

É moda falar mal de video-games e jogos eletrônicos. Argumentos infundados como isolamento social, vício pela jogatina e falta de relevância na experiência proporcionada pelo game são disseminados e estimulados por qualquer um que tenha aversão a esse tipo de entretenimento. Como se essas coisas tivessem sido inventadas pela Microsoft/Sony/Nitendo. Não raro, dentre os “jogadores de tabuleiro” especialmente quando se trata dos que adoram joguinhos de gerenciar recursos os games digitais são endemonizados como se fossem a própria personificação de tudo o que há de pior e mais malévolo na existência humana. De forma bastante irônica esse pessoal se esquece que grande maioria dos primeiros jogos modernos foram influênciados por jogos eletrônicos lá da década de 90/00 tais como  Warcraft, Age of Wonders, Age of Empires, Empire Earth, Command & Conquer, Company Heroes, Lords, Desperados, Commandos, Hanse, Patrician e tantos outros.  O primeiro Civilization (1991) rod

Jogos com baixa interação entre jogadores

Releitura. Original em  http://www.blink102.com.br/wp-content/uploads/2015/11/redes-sociais-tirinha.jpg Não sou o tipo de pessoa que grita aos ventos que jogar é uma atividade social. Penso em jogar muito mais como um exercício cognitivo. Contudo abomino a ideia de me reunir com um grupo de pessoas de meu interesse para jogar alguma coisa e passar um ou duas horas interagindo muito pouco ou quase nada. Jogos que possuem essa característica: que fecha os jogadores cada um em um bolha até o final do jogo, despertam muito pouco o meu interesse.  ] Para ganhar minha aceitação jogos com baixa interação devem ser rápidos, ou leves o suficiente para permitir que as pessoas conversem entre si sobre outras coisas que não o jogo. Jogos que isolam os jogadores e ainda por cima estimulam o silêncio ou a introspecção são ótimos para jogar digitalmente onde não faz diferença se quem está contra você é uma pessoa desconhecida em algum lugar do globo ou a uma IA. Em dias tão a

Gloomhaven é TOP 1 do BGG

A contragosto de muita gente, Gloomhaven é o número UM do ranking no BGG. Para  fiéis que seguem esse ranqueamento de jogos  ver um novo lançamento “chegar chegando”  entre os líderes dessa lista não é mais novidade, porém o fenômeno Gloomhaven é algo que talvez vejamos com mais frequência a partir de agora. Desde que os jogos de tabuleiro foram abraçados pelo consumismo "geek" e graças a massiva popularização do hobby no mundo globalizado, todo novo grande jogo escala no BGG na mesma proporção da velocidade com a qual o seu hype se espalha na internet. Não raro, jogos nem lançados são avaliados com nota máxima por pessoas eufóricas por gastar suas moedas. A despeito do hype, Gloomhaven é um jogo fantástico sem dúvida, que além de tudo é mega bonito e bem produzido .  É de encher os olhos. Quem gosta de Dungeon Crawler (grande fatia dos jogadores que possuem um ancestrlidade RPGística) tem todos os motivos para conhecer Gloomhaven e se encantar. Contrapartida já ouço de longe